O barco seguia no seu ritmo cansado, o único possível para um motor que já teve melhores dias. E não se pode pedir mais, afinal foram inúmeras as viagens, para lá e para cá, sempre carregado de pessoas e/ou mercadorias. Houve quem dissesse que o facto de aquele motor ainda trabalhar já era, por si só, um milagre. Ao que o Lopes respondeu que "não é milagre nenhum, são os Japoneses". Ninguém fazia motores tão "selvagens e robustos" como os Japoneses...
Mas continuando, lá iamos nós: eu, o marinheiro e um colega recém chegado a estas paragens, quando fomos gentilmente convidados a parar pelos fiscais da polícia marítima.
Os pedidos habituais para "facultar" a documentação, do barco e do marinheiro, e tudo legal. Mas caramba, como podia uma embarcação de recreio, "segundo consta no livrete", não ter uma caixa térmica para guardar bebidas? Estava encontrada a infracção.
O meu colega, inexperiente, ainda tentou insurgir-se contra aquele absurdo, mas eu convideio-o, com uma subtil cotovelada, a deixar-me conduzir a negociação.
"Vamos lá conversar bem então..."
Durante o diálogo fui recordado que estávamos em época natalícia. Tempo de "fazer o bem" e "ajudar o irmão". Tanto que uma colaboração naquele momento vinha mesmo a calhar. Ele comprava "o presente do dengue mais novo e eu podia seguir a minha viagem". A velha lei da reciprocidade...
Fui tocado pelo espírito natalício e lá cheguei à outra margem...
Feliz Natal Sr. Agente!
Mas continuando, lá iamos nós: eu, o marinheiro e um colega recém chegado a estas paragens, quando fomos gentilmente convidados a parar pelos fiscais da polícia marítima.
Os pedidos habituais para "facultar" a documentação, do barco e do marinheiro, e tudo legal. Mas caramba, como podia uma embarcação de recreio, "segundo consta no livrete", não ter uma caixa térmica para guardar bebidas? Estava encontrada a infracção.
O meu colega, inexperiente, ainda tentou insurgir-se contra aquele absurdo, mas eu convideio-o, com uma subtil cotovelada, a deixar-me conduzir a negociação.
"Vamos lá conversar bem então..."
Durante o diálogo fui recordado que estávamos em época natalícia. Tempo de "fazer o bem" e "ajudar o irmão". Tanto que uma colaboração naquele momento vinha mesmo a calhar. Ele comprava "o presente do dengue mais novo e eu podia seguir a minha viagem". A velha lei da reciprocidade...
Fui tocado pelo espírito natalício e lá cheguei à outra margem...
Feliz Natal Sr. Agente!
3 comentários:
Ricas, tas a transformar-te no "lombuxo" desses agentes pah eheheh... Paulinho
Paulinho, foi caridade natalícia. Tens que entrar no espírito hehe!
Estes gajos andam malucos em Dezembro. Autênticos predadores, sempre de olho na presa...
Abraço e prepara-te, que ao que sei estás a chegar...
Este blog está a ficar internacional... boa puto, continua...
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