Percebi que algo se passava quando comecei a ser repetidamente questionado sobre o Italiano. Volta e meia alguém queria saber o que eu achava do Italiano. Eu achava pouco, até porque ainda mal tinha estado com a figura.
Mas o Italiano passou a ser o assunto principal em todas as refeições. Ninguém parecia suportar aquele napolitano que era tão esquisito que a sua alcunha passou a ser “O Esquisito”. Num desses debates mais acesos, alguém dissera que aquele Italiano já passara das marcas há muito tempo. Já andava a pedi-las desde que chegara, o merdas.
- Mas porquê? – tentava perceber eu, sem opinião formada a respeito do “Esquisito”.
- Esse gajo vem sempre aqui fazer modificações. Hoje quer tomadas aqui, amanhã quer torneiras ali e depois fica lá a dizer “Capixi? Capixi?” armado em esperto! Assim não dá!
E não dava, de facto. A ira contra o Italiano tornara-se unânime, pela obra. Aparentemente, o seu ar altivo era mal aceite pelos restantes, tanto que, há dias atrás, o Manuel já anunciara que ainda ia dar uma cabeçada no Italiano. Quem contratara aquele gajo irritante, afinal? Ele até gostava de Italianos, mas aquele?
Foi, portanto, com curiosidade que um dia acedi ao chamamento do Italiano que queria, comigo, discutir umas ideias sobre os arranjos exteriores. Discutia-se a falta de privacidade na zona da piscina quando lhe sugeri que se plantassem mais X palmeiras junto à mesma, para garantir maior intimidade. Ao que ele me respondeu, com aquele ar de superioridade intelectual:
- “Em vez de X, não é melhor plantarmos só 10?”
Estava formada a minha opinião sobre o Italiano.
Mas o Italiano passou a ser o assunto principal em todas as refeições. Ninguém parecia suportar aquele napolitano que era tão esquisito que a sua alcunha passou a ser “O Esquisito”. Num desses debates mais acesos, alguém dissera que aquele Italiano já passara das marcas há muito tempo. Já andava a pedi-las desde que chegara, o merdas.
- Mas porquê? – tentava perceber eu, sem opinião formada a respeito do “Esquisito”.
- Esse gajo vem sempre aqui fazer modificações. Hoje quer tomadas aqui, amanhã quer torneiras ali e depois fica lá a dizer “Capixi? Capixi?” armado em esperto! Assim não dá!
E não dava, de facto. A ira contra o Italiano tornara-se unânime, pela obra. Aparentemente, o seu ar altivo era mal aceite pelos restantes, tanto que, há dias atrás, o Manuel já anunciara que ainda ia dar uma cabeçada no Italiano. Quem contratara aquele gajo irritante, afinal? Ele até gostava de Italianos, mas aquele?
Foi, portanto, com curiosidade que um dia acedi ao chamamento do Italiano que queria, comigo, discutir umas ideias sobre os arranjos exteriores. Discutia-se a falta de privacidade na zona da piscina quando lhe sugeri que se plantassem mais X palmeiras junto à mesma, para garantir maior intimidade. Ao que ele me respondeu, com aquele ar de superioridade intelectual:
- “Em vez de X, não é melhor plantarmos só 10?”
Estava formada a minha opinião sobre o Italiano.
1 comentários:
ah, mas teve piada o Italiano, tens que admitir :)
big hug!
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